A chegada do inverno traz consigo, pela privação, a lembrança do quão imporante são as atividades ao ar livre. Embora uma variedade delas tenha seu próprio senso de realização e relaxamento, uma em particular combina sentimentos de lazer, indulgência e comunidade: cozinhar ao ar livre. Mas como essa tradição começou? E como ela evoluiu?
Nosso hábito de cozinhar ao ar livre remonta a cerca de 2 milhões de anos - mesmo antes do Homo sapiens - quando os humanos começaram a usar o fogo para preparar refeições e se reunir. Embora muitas dessas estações de cozimento primitivas estivessem localizadas na natureza, aos poucos, nossos ancestrais se mudaram para áreas mais protegidas, como cavernas, para evitar incêndios florestais e minimizar o risco de ataques de animais. A partir dessas simples chamas ao ar livre, foram desenvolvidas grelhas mais elaboradas descobertas já em 2300 a.C. que forneciam infraestrutura adicional para cozinhar. Os caldeirões de metal surgiram nos tempos medievais, que então se transformaram em cozinhas de verão do final do século XVIII, impedindo o acúmulo de calor adicional dentro de casa antes do advento do ar-condicionado e dos fogões. Avançando para os dias de hoje, as atuais cozinhas contemporâneas confirmam que a arquitetura de refeições ao ar livre evoluiu ainda mais dramaticamente ao longo dos anos.
Para ilustrar como as variações das diferentes iterações de cozinha externa continuam em uso hoje, analisamos 15 exemplos atuais do banco de dados do ArchDaily.
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Fogão à lenha: 10 exemplos de cozinha artesanalVamos começar com algo simples: se as construções não permitem uma reforma elaborada ou os moradores preferem flexibilidade, cozinhas modulares e churrasqueiras são uma opção rápida e econômica de elevar o nível do design das refeições ao ar livre. Adicionar elementos de cozinha a uma área externa designada pode rapidamente abrir cantos secretos do jardim, varanda ou terraço para entretenimento e fazer referência ao estilo de cozimento mais improvisado de nossos primeiros dias. Mas, embora o local de cozimento possa mudar com unidades flexíveis ou churrasqueiras portáteis, a distância até a casa ainda é um fator importante a ser considerado na era da refrigeração e dos utensílios.
Para aqueles que preferem não se deslocar, uma solução de cozinha interna-externa é a resposta. Ideal para projetos em áreas que não desfrutam de clima quente o ano todo, cozinhas que fluem perfeitamente para uma extensão externa por amplas porta janelas podem fazer uso da linha natural do telhado de uma casa para cobertura e ser facilmente deixadas por conta própria no inverno. Outra opção que minimiza a construção em si e mantém os custos baixos: uma passagem ou porta janela de correr. Embora isso elimine o elemento mais formal da cozinha ao ar livre, permite fácil acesso do lado de fora e reduz drasticamente as distâncias.
Igualmente perfeita, mas mais elaborada: estender a cozinha horizontalmente para além da linha divisória que separa os espaços interno e externo. Esta estratégia não só aumenta significativamente a superfície e as áreas de preparação, como também oferece um visual que mantém linhas de design limpas. Embora a continuação dos materiais e bancadas internas de uma cozinha seja uma opção que mantém ainda mais a linguagem do design, alguns dos projetos abaixo provam que uma clara separação entre os dois pode resultar em uma experiência arquitetônica ainda mais rica. A robustez e a natureza resistente às intempéries de materiais como o aço inoxidável, porcelanato ou o tijolo é outro argumento para adaptar uma extensão linear ao seu ambiente individual.
A solução mais elaborada: cozinhas cobertas que criam o cenário para jantares em grande escala e brunches. Equipadas com geladeiras, fogões, iluminação externa e conectadas à rede local de água e energia, essas opções mais caras não deixam nada a desejar e criam um oásis autônomo. Por essencialmente oferecer uma nova chance mais experimental para o design interno escolhido, muitas cozinhas externas utilizam pontos de cor ou alternativas de armazenamento que podem não ter sido possíveis - ou desejáveis - para seus equivalentes fechados. Ladrilhos ou armários abertos para estações de fogão a lenha são excelentes exemplos do aumento do fator de design quando o projeto é levado para fora.
Loft Lo Curro / Matías Silva Arquitectos
Poolhouse / HEIMA architects
Octothorpe House / Mork-Ulnes Architects
The Rosenberg Golan and Ricky Home / SO Architecture
Casa de Férias H / Playa Architects
House at the Sea #78 / Guerrero Arquitectos
Casa Arena / Álvarez Arquitectos
Fazenda Baixa Verde / Módulo 4 Arquitetura
Retrofit Casa 275 / IN arq+design
Fat Deer Lodge / Cushing Terrell
Casa Mateo / Zozaya Arquitectos
Residência LE / Arquitetos Associados
Casa PMV / Grupo Eisen
Casa Alma / Brillhart Architecture
H-House / Klochenko Architects
Descubra mais cozinhas ao ar livre nesta pasta My ArchDaily criada pelo autor.